segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Projeto Mini Caixa Ativa 40W RMS com TDA2030

Este foi um modesto projeto que marcou minha trajetória como hobista, pois nele consegui ao mesmo tempo desempenho, compactação, praticidade, portabilidade, qualidade e baixo custo. Só me restou um pouco de acabamento, pois, ainda nesta época eu estava aprendendo a lidar com massa plástica e pra completar, estava com problemas de saúde. Mas um bom hobista não desiste do seu projeto e consegui concluí-lo com êxito, eu diria. Na foto abaixo, a caixinha pronta.

Características Gerais:
Suas dimensões são aproximandamente L25xA35xP35 cm. Seu amplificador é de alta fidelidade e conta com dois circuitos TDA2030 em bridge, que outorgam aproximadamente 40W RMS e impressionam no som. Este amp comprei pronto no ebay e me custou algo em torno de R$ 19,00 (uma bagatela) com frete grátís. Ele já vem todo preparado, com capacitores e ponde de diodos e até os bornes de ligação, além das entradas RCA e potenciômetro (e ainda as micas isolantes dos CIs), o único obstáculo é montá-lo, mas o hobista insistente não terá dificuldades nesta tarefa. Pra terminar, digo que ela vem com configuração de mono ou estéreo com uma simples alteração no circuito explicada em seu esquema. A alimentação é simétrica de 12-0-12. Usei dissipador de PC. Abaixo a foto da monstrinha! "Uma dádiva dos ninjas", extremamente pequena.

O alto-falante é de 8Pol., 4Ohms, gradiente, com boa excursão e potência apropriada. Ele me foi doado por alguém desinteressado nas caixas, que inclusive vieram com divisores passivos de ótima qualidade, que estão aguardando um projéto que os absorvam, heheheh! O falante surpreendeu, e me economizou algo em torno de R$ 60,00, que é o preço de um falante nas mesmas características. Abaixo uma foto de um igual ao que usei, só que bem mais novo.


É praxe um processador de MP3 para deixar as coisas mais automatizadas. Este MP3 player adquiri no ebay antes mesmo de conceber o projeto e caiu como uma luva. Possui FM e pega bem! Seus pontos positivos são o tamanho, o alcance do controle, a tensão de trabalho de 5V a 12V, a entrada auxiliar e o acabamento. O pontos negativos são: ruído quando avançamos as faixas de músicas, custo elevado (algo em torno de R$ 32,00). Abaixo um vídeo de quando o danado chegou e eu fiz logo um teste. Relevem a minha fala hehehehe! Ah! os novos modelos já vem com entrada aux e tocam cartões Micro-SD. Um luxo!


O painel foi feito em vinil aproveitado de carcaça de televisor com 4mm de espessura e fácil de se trabalhar.  instalei facilmente o mp3 player, entradas RCA, entrada de plug P10, led e chave ON/OFF. Eu devia ter pintado o painel depois de pronto para corrigir as imperfeições, mas nem me liguei nisso na época.



O gabinete foi feito com madeira MDF aproveitada de armário velho e cortada com serra tico-tico. Veja no detalhe uma haste de madeira para sustentação.


Apesar da saúde não estar lá essas coisas eu me esmerei para dar um bom acabamento neste gabinete. Observe na foto abaixo os pés redondos feitos com serra-copo de 50mm de diâmetro. Devido ao seu tamanho reduzido, o gabinete ficou muito resistente. Uma falta foi eu ainda nao conhecer a batida de pedra. Iria dar um plus nele, mas é assim mesmo. Tudo ao seu tempo.


Como eu não podia sair de casa, tive a grande idéia de pedir à minha esposa pra comprar o spray pra pintar a caixa. E enão ela me apareceu com um na cor rosa! Entendi naquele momento que ela queria a caixa pra ela e resolvi presenteá-la. Ela cuida bem e esta caixa é muito usada aqui em casa.
A arandela (R$ 9,00) é de ferro reforçado e deu um visual imponente na caixa. Foram usados EVA para melhorar acoplamento do falante na madeira. Protetores de quinas (R$1,50 cada) ajudam tanto na proteção quanto no visual, mas haja parafuso. Foram 32 só nestes protetores!


A ligação foi fácil. Usei um transformador de 12-0-12V por 5A que comprei por R$25,00 na Sta Ifigência quando estive em SP. Liguei um fusível, uma saída de tensão extra, um seletor de tensão 110/220V, a chave liga/desliga e um LED multicor; fiz as ligações do mp3 aos plugs e ao potenciômetro, parafusei todo mundo em seus lugares dentro do gabiente e pronto! Abaixo uma foto da "gambiarra".


Abaixo um teste com a máquina espalhada fora do gabinete (o audio não ficou mto bom não). Ignorem minha fala mais uma vez hehehehe!



Curiosidade 01: A alça utilizada foi aproveitada de uma mala velha daquelas sofisticadas. caíram como uma luva e dão muita praticidade na hora de transportar. é uma pena que só tinham duas alças desta na mala sucateada. hoje onde vejo uma mala jogada procuro por alças hehehehe!

Curiosidade 02: nao deixei espaço para tweeter, daí coloquei um tweeter novik dentro da caixa com saída para o duto, filtrei ele com 2,2uF e funcionou muito bem, graças à sua eficiència.

Com isto encerro meu post e desejo a todos um Feliz 2013! 
Espero ter contrimuído para o aprendizado de alguém.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Amplificador Mono de 400W. Do circuito à Placa.


Aqui estou eu mais uma vez para publicar meus aprendizados, e este "acabei agora a pouco de montar. Trata-se de uma placa de amplificador mono que outorga 400W RMS que vi no site rockola.com, que é um excelente site de artigos e projetos eletrônicos. Lá o hobista encontra muito material de primeira qualidade para estudos, com videoaulas explicativas e tudo mais. Este site é nota 10! 

Abaixo a placa já montada.

Voltando à finalidade do post, gostaria de informar que fazer placas de circuito impresso (PCI) sempre foi muito difícil para o hobista. Os processos são os mais variados possíveis, que vão desde o desenho á mão livre com caneta hidrográfica permanente até impressão silk-screen. Desenhar à mão livre tem diversas limitações, pois poucos são ninja o suficiente para não errar o desenho em cima da chapa cobreada. Não obstante, processo de silk envolve um custo fixo e um processo de revelação de telas deveras complicado. Há pouco tempo vi na Internet um processo prático para este fim: a transferência térmica, que consiste na impressão do desenho do circuito em um papel especial, que posteriormente é colado na PCI e, com a ajuda de um ferro de passar, é transferido para a parte cobreada. O tal papel especial é o papel de etiqueta ou adesivo, que encontramos nas papelarias, mas não é a parte que cola e sim a parte que descartamos (pasmem), ou seja, aquele papel que serve para conservar a cola do papel adesivo. Na foto abaixo podemos ver no detalhe o meu circuito já impresso em impressora laser, pois outra nao serve.


O primeiro passo para o sucesso dessa operação é a limpeza da placa virgem com palha de aço (o famoso assolan) e detergente. Dê um grau e remova sujeira e gordura da placa.


Enxague bem para remover o sabão e a sujeira da placa.


Por fim, seque com papel toalha. Depois deste processo você não poderá mais tocar a face cobreada da placa, para evitar que ela suje novamente.


Finalizado o processo de limpeza e secagem, é hora de colar o desenho do circuito à placa. Utilize fita crepe ou durex. Opte por prender o papel na face não cobreada da placa. Deixe-o bem esticado e só passe a fita onde não houver desenho. Veja abaixo como prendi a minha.


 Ajuste a temperatura do ferro na metade da potência, como mostrado na foto (tentei usar a poténcia máxima em outra ocasião e causei uma pequena explosão na placa, que originou uma bolha no meio da PCI), ou um pouco mais que isso. Este ferro meu é exclusivo para estas "atividades". Não use o ferro da mamãe, ok? Procure sempre ter suas próprias ferramentas.


Para dar apoio é convenitente forrar a mesa com uma toalha de banho dobrada ou mesmo um cobertor. Isso evita que imperfeições do ferro ou da mesa prejudiquem o seu trabalho.
Dica importante: para não derreter a fita durex, cubra o desenho com outro tecido que resista ao calor do ferro (eu sugiro o linho ou um jeans fino). O tempo ideal é de uns oito minutos, passanndo firmemente e sem deixar nenhum lugarzinho sem passar. Seja caprichoso!


Certo de que ficou bem passado, aguarde o resfriamento da placa e depois remova cuidadosamente o papel. Com o meu desenho o resultado foi o mostrado na foto abaixo. Eu diria que é quase perfeito.


E pora causa do "quase" é preciso retocar com caneta hidrográfica permanente (aquelas de escrever em CD). Faça uma busca minunciosa à procura de falhas no desenho.


 O resultado alcançado é surpreendente, quase profissional (veja na foto abaixo). Depois do retoque cortei a placa deixando apenas a parte desenhada. Está pronta para a corrosão.


Numa vasilha plástica, coloque o percloreto de ferro, que é o produto adequado pra fazer a corrosão das partes não pintadas da placa. Se nunca trabalhou com esta substância, procure saber mais.

Dicas: o percloreto é um produto químico que deve ser armazenado em garrafas de vidro quando nao estiver sendo utilizado. Evite fazer a corrosão em vasilhas de metal. Não deixe este produto ao alcance de crianças e animais. Para dimuir o tempo da corrosão pode-se aquecer o percloreto.

Depois coloque a placa dentro e aguarde a corrosão até que fique como o esperado. Não esqueça de olhar periodicamente. Nesta placa, eu aguardei uma hora e vinte minutos até ficar pronta!


 Ah, sim! Depois da corrosão é preciso lavar novamente com palha de aço para retirar a tinta... E voilá! Valeu a pena. O resultado me agradou muito!


 Coloque contra a luz para verificar possíveis trilhas em curto.


  Para perfurar, usei perfurador manual específico para os furos pequenos.


 Para os maiores usei uma parafusadeira com broca de metal de 1 mm


Oberve a placa perfurada.


 Procure por trilhas curto ou trilhas sem continuidade com o auxílio de um multímetro. Na minha placa estava tudo OK!

  

Para faciliar, colei a máscara de componentes de papel na face não cobreada. Isto ajuda na localizção e identificação dos componentes na placa.


Curiosidade 01: Capacitores de 10000uF cada, por 63V. Uma "dádiva dos ninjas"! Eles deram muito trabalho para serem encaixados na placa, mas os parafusos descomplicam a finalização.
Agradeço ao meu irmão Adauto pela doação dos capacitores e também ao César, da Eletrônica Eletrocésar pela doação da ponte retificadora de 1000V por 50A. 
Eu merecia um pagamento pela propaganda do óleo Singer, né?


 Curiosidade 02: Como a placa era pequena tive que fazer em duas partes para depois emendá-las. E isso é horrível, mas não tinha onde comprar no tamanho adequado aqui em minha cidade. O hobista deve ser criativo para superar os obstáculos.


Um a um os componentes foram ocupando seus lugares na placa. Componentes comprados no site Blucolor. Em outra oportunidade postarei testes em vídeo deste amp. Estou aguardando o trafo ficar pronto. E até lá a ansiedade me mata! Além disso é preciso arrumar uns falantes ousados pra suportar esse bicho de 400W. Estou pensando em 2 falantes de 15Pol. a 8 Ohms e 200W cada em paralelo.
 

 

Dissipador sólido de 1cm de espessura doado por Souza da Eletronica Souza. Muito Obrigado mesmo!

 

Quem leu até aqui é um vitorioso! hehehehe
Estou feliz por este post, e espero ter ajudado somar conhecimento. Até a próxima!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Caixa de Som Ativa 200W RMS. Projeto Completo!


 
Olá!

Me chamo Emerson Ramos e este é o meu epaço para compartilhar idéias. Sou bacharel em Sistemas de Informação, funcionário público e hobista eletrônico.
O que me motivou a criar este blog foi a opotunidade. Sim! Oportunidade de mostrar como uma pessoa comum pode aprender (quase) sozinho algo que gosta. 
Aqui estarei postando alguns projetos de eletronica ou de informática que busquei fazer passo-a-passo e registrar. Aqui o pré-requisito é a força de vontade! Espero que gostem!

Pra início de conversa tenho aqui um modesto projeto de uma caixa de som ativa que montei recentemente. Fiz desde o aplificador até o gabinete, incluindo pintura. Esta caixa tem dois canais de 100W RMS cada, sendo um na própria caixa - através de um falante de 10 polegadas Novik que eu mesmo restaurei, mas tive o cuidado de preservar a bobina original - e outro é uma saída extra, que pode - e deve - ser usada em outra caixa passiva. A caixa toca MP3 e cartão de memória e tem um jogo de luzes azul interessante que pode ser desligado.


Não tenho muita prática nessa coisa de postar, por isso, durante o processo de construção, me esqueci de fazer fotos de algumas etapas, daí preciso detalhar mais ou explicar a quem interessar queira. 

Abaixo um vídeo de teste da caixa já pronta. Relevem a trilha sonora! rsrsrs



Gabinete
Sem dúvida a parte onde mais me esmerei e procurei utilizar materiais aproveitados. Neste caso, usei peças de MDF de um guarda-roupas que seriam jogadas fora. Desenhei todo o gabinete antes com as medidas adequadas às peças que tinha em mãos e depois procurei dar o máximo de acabamento que pude.


 Para trabalhar os pedaços de MDF utilizei serra tico-tico, serra copo, lixa, martelo e pregos. Para corrigir imperfeições, usei massa plástica. Depois pintei com uma tinta conhecida como Batida de Pedra, que dá um aspecto emborrachado e textura aveludada. Utilizei um rolo pequeno pra isso.


Coloquei ainda detalhes com um emborrachado vermelho na parte da frente e nos pés, feitos com a serra copo. Os pés são de um material mais resistente.O emborrachado serve para melhorar a vedação da caixa onde existem "juntas".

 

Levei a uma oficina de pintura de uma amigo para que ele envernizasse e ele teve a excelente idéia de cologar Esmalte Gliter Colorido ao verniz, e isto deu um efeito icrível à pintura. Então, devo este resultado ao meu amigo Gilson (o Nenem) pelo excelente trabalho!



Depois de pronto e pintado, coloquei alças para facilitar o transporte e que dão um acabamento legal!



E pronto! O gabinete ficou muito ousado! O resultado é comparável ou superior a muitos artigos profissionais que vi em lojas com preços absurdos.

Caramba! Um dos meus primeiros gabinetes nem sonhavam com este acabamento!
Este aí embaixo eu chamo de porquinho. Tem um som maneiro (30W), mas o visual...




Amplificador
Esta é a parte que mais chama a atenção dos hobistas. Na foto abaixo podemos observar dois amplificadores baseados nos transistores darlington TIP142 e TIP147 usados no projeto, que outorgam 100W RMS cada (alguns juram que chegam aos 150W). Em contrapartida,esquentam pra caramba, e por isso exigem bons dissipadores e ventiladores! Minha nota é 7 para esses amps, pois não tem "aquela" qualidade sonora, mas as grandes vantagens são a simplicidade, baixo custo e o pancadão de som! Impressiona mesmo!Ah! Por descuido meu, os transistores queimaram e eu os substituí pelos 2SC e 2SA, da Toshiba. O som é o mesmo e o aquecimento também!rsrsrsrs. Hoje, particularmente, prefiro os CIs TDA XXXX. Abaixo fotos reais do produto rsrsrs.



Não é muito difícil encontrar na internet este circuito para montar, basta fazer uma busca rápida no google e você terá à disposição, inclusive, os desenhos dos circuitos. Existem modelos mais simples de constrir baseados na mesma arquitetura. A alimentação é simétrica e pode ser de 20 até 40 Volts. Usei um transformador de uns 10 Amperes a 35V-0-35V pra dar conta do recado. Este link  fornece o PDF com o desenho da placa. Os capacitores da fonte de 4700uf e usei cabos blindados.

Painel
Usei um pedaço de vinil de uma sucata de TV. Este plástico tem uns 4 milímetros de espessura, com acabamento enrugado e fácil de perfurar e lixar. Meu desejo era encontrar uma placa de acrílico, mas não foi desta vez. Ficou bem legal e pode ser melhorado conforme a necessidade.


A chave liga-desliga é comum e adequado à tensão e corrente. É facilmente encontrado em lojas de componentes eletrônicos, mas uma ótima opção é retirar este componente de sucata de estabilizador de computador. A chave liga-desliga menor -que nao aparece na foto porque a coloquei depois - é do jogo de luzes que ficam no duto. O led indicador também é de sucata, mas o invólucro é comprado.
O processador de mp3 player utilizado foi adquirido no ebay, com valor aproximado de R$ 20,00. Ele vem com controle remoto e pega FM. Exige 5V simples na alimentação e é muito fácil de instalar, tornando-o  uma ótima opção para projetos deste porte. Não gostei do alcance do controle remoto (já vi melhores na mesma faixa de preço). O aspecto também é feio e não dá acabamento porque não tem borda.

Veja a ligação interna do bicho!


O botão de volume é sucata adaptada de um minisystem sony que eu tinha guardado esperando uma oportunidade como esta. Usei potenciômetro e 100K double. As entradas RCA que estão no painel, também provenientes de sucata, estão ligadas diretamente nos amps em paralelo com o MP3 player. Isto significa que para não embolar o som desta entrada com o mp3 tocando deve-se desligar somente o mp3 naquele botãozinho vermelho. a vantagem disso é ligar um violão na RCA e tocar uma música mp3 ao mesmo tempo (pra ensaio, por exemplo).
Pra finalizar esta parte, usei um tweeter genérico e o filtrei com um capacitor de 2,2uF x 50V. Coloquei o tweeter no painel por questão de espaço mesmo.

Ligação
O transformador de um Sony sucateado foi escolhido para aplacar a demanda dos amplificadores. Além disso, ele provê alimentações de diversas tensões para a ventoínha, o MP3 e o pro jogo de luzes. Na parte de trás do gabinete temos uma entrada extra de energia, um fúsivel e a saída para outra caixa. Acompanhem no vídeo abaixo a caixinha empurrando um som maneiro. Não reparem a bagunça da casa e nem os parafusos utilizados na caixa rsrsrs.






  Com isto termino este post. Espero terem sido úteis as informações aqui compartilhadas. Obrigado a todos! Grande Abraço!

Qualquer dúvida, email para hemon5@gmail.com, com assunto Blog do Ramos. Fui!!!!!!