CAIXA DE RETORNO 45W RMS COM TDA2030 MULTIFUNÇÕES

Depois de muito tempo, aqui estou eu com mais um pequeno projeto. Trata-se de uma caixa adhoc para um amigo tecladista, mas que tem multifunções, como FM, Mp3 e entrada para instrumentos musicais.
Outro requisito para ele era o formato com inclinação para cima, parecida com uma caixa de retorno.
Fiquei um ano enrolando e pedindo as peças aos poucos até que que decidi tornar a caixa uma realidade.

Em todos os projetos que desenvolvo, preconizo o REUSO como forma de ajudar o meio ambiente, economizar dinheiro, dar personalidade e exclusividade para cada um deles. Comecemos então a "autopsia":

Descrição do Projeto: caixa de retorno para ensaio com instrumento musical (teclado) em casa ou em pequenos ambientes com multifunção e acoplamento para caixa de médios auxiliar. Dimensões aproximadas de A40cm x L35cm x P35cm na base.

Componentes:

1- Amplificador mono 45W baseado no TDA2030, adquirido no Ebay.com, por cerca de R$30,00. A escolha de um amp já pronto se justifica pelo preço e comodidade. Aqui no Brasil, é praticamente impossível montar um amp dessa potência gastando menos de R$ 50,00.

Sabemos no entanto as dificuldades na importação, como a forma de pagamento, a demora na entrega e o risco de o produto ser taxado pela Receita Federal. Este Amplificador é de alta fidelidade, já vem com a ponte de diodos e capacitores. Pode ser configurado para ser mono ou estéreo - neste caso usei mono. Já usei do mesmo amp num outro projeto aqui do blog e gostei do resultado. Resolvi apostar novamente nele, pois é pequeno, tem componentes baratos e de fácil reposição.

2- Os alto-falantes: fiz uma especie de trio para equilibrar a impedância, usando:
          * Um woofer de 10 pol mediano que eu mesmo recondicionei com uma bobina meia boca que comprei pronta. Ele deve suportar até 100W RMS a 8 ohms. Esse falante peguei na base de troca e nem sei mensurar o custo pra vocês, mas em síntese, qualquer falante de 10 pol que usarem tocará "bonitamente". O ideal no entanto é investir em um falante de qualidade - que toque uma grade range de frequências - para extrair o máximo que o amp der. Abaixo a foto do falante, no momento da fixação ao gabinete, onde coloquei uma lâmina de EVA (emborrachado) para melhorar a vedação.

          * Um tweeter genérico, que comprei por R$ 10,00 numa eletrônica. Por ser um material sem qualidade, as medidas apresentadas na carcaça não são fidedignas. O ideal é utilizar um tweeter de boa qualidade, mesmo que seja usado. Abaixo a foto do falante e do tweeter no momento em que fiz a "marcação" dos furos, com o gabinete ainda sem acabamento:

          * Uma caixinha acústica pronta de um minisystem Polyvox. Esta caixinha tem um falante mediano e um tweeter com domo de papel. Com o intuito de melhorar o som dela, coloquei um capacitor de 100uF x 100V como filtro de frequência de 6dB/8ª - 1ª ordem - em série  com o falante para que ele receba de frequências médias acima. Usei também um capacitor de 2,2 uF x 100v em série com o tweeter para que ele receba apenas frequências altas. O objetivo é proteger os falantes e evitar a repetição de médios. Nas fotos abaixo a cara dos falantes:

3- Transformador 110/220V para 12 - 0 - 12v, por 5 Amperes, conforme o exigido pela placa. A ligação de um trafo a uma placa é simples, porém, quando falamos em tensões de 100 a 250v, todo cuidado é pouco.
      - Usei um fusível em um dos fios que vem da rede antes do trafo.
      - Usei um seletor de tensão (voltagem) 110V/220V  de simples ligação
As emendas devem ser todas soldadas e muito bem isoladas! Por ser um objeto pesado, o trafo deve ser bem fixado de forma que não solte nem em uma eventual queda. Abaixo a foto de um trafo similar ao usado no projeto:

4-Painel de instrumentos: feito em madeira MDF fina, na furação usei brocas diversas e a serra tico-tico. Para dar acabamento usei lixa fina. Sua fixação ao gabinete foi feita com cola pra madeira. Neste painel coloquei
      - Entrada auxiliar direta ao amplificador para Plug P10, de metal, com rosca.
      - Botão liga/desliga, aproveitado de um estabilizador queimado. este botão interrompe a corrente elétrica que vem da rede para o transformador.
      - Led indicador super branco. Ao ligar a caixa, o led acende; isto é opcional, mas eu gosto muito de leds, hehehehe. Este led foi alimentado diretamente no capacitor do amp, com o uso de um resistor de 470R, que limita a corrente, evitando que o danado queime.
      - Pré-amplificador mono  ativo feito em casa com base no projeto do site Rockola.com, de ótima qualidade, baseado no CI TL071 que é barato e fácil de encontrar. Possui controles de volume, graves, médios e agudos; e opera com tensão de 12VDC. Abaixo, ilustro um pré igual ao que fiz. Quem quiser fazer um é só seguir o passo deste link, ou clique na imagem.

      - Processador de MP3, Rádio FM e Entrada Auxiliar, com painel digital e controle remoto. este comprei na feira por R$ 25,00 na barraca do meu amigo Daltinho. Observe na foto abaixo que ele já tem um botão de volume. Ele acende e tem um lindo acabamento. Nem precisava, mas já que veio...

Aspecto do painel já montado, antes de fixar no gabinete, em um teste de funcionamento:

Na foto abaixo, o aspecto do painel depois de montado, com a caixa pronta em funcionamento. Observe que o letreiro foi feito à mão, com caneta de escrever em CD.

Agora um vídeo de quando estava montando o bicho

6 - Gabinete: Feito em madeira reaproveitada de móveis sucateados, com dimensões aproximadas de A40cm x L35cm x P35cm na base. Duto na dianteira e Painel na traseira. Fechado com pregos, cola e pó de serra com cola. Reforçado com madeiramento interno. Usei lixa para dar acabamento e o revestimento foi com a velha "batida de pedra", aplicada desta vez com um pincel áspero. A pintura eu criei com duas cores de tinta spray - preta e dourada - onde consegui um aspecto "envelhecido metálico". Como a cor era muito exótica, pedi a opinião dos conhecidos e eles também gostaram hehehehe.

Na parte de baixo, como sustentáculo, usei pezinhos de sofá, encontrados facilmente em capotarias. Custam R$ 1,00 cada, e são fixados com um parafuso.

Na foto abaixo o detalhe da batida de pedra aplicada com o pincel.

Na foto abaixo a cor obtida com a mesclagem dos sprays preto e dourado. Note o engate para conectar uma caixa suspensa. Este engate comprei numa eletrônica em Santo Amaro, quando estive lá.

7- Circuito e Conexões de ligação:

Como fazer um painel para amplificador

Todo hobista sabe a importância da apresentação do seu produto e o quanto o acabamento valoriza seu projeto. Imagine um amplificador sem painel,cujos controles são aleatórios e sem informação? Por mais potente e fiel que seja, não inspirará confiança por causa de sua apresentação. Por este motivo é que estou começando a produzir painéis de vinil como o mostrado abaixo, na tentativa de melhor apresentar meus projetos. Quem acompanha o blog já viu alguns dos paineis que desenvolvo e neste posta tratarei mais a fundo este assunto, oferecendo mais detalhes e possibilidades de desenvolvimento.
Abaixo é mostrado um painel já pronto, desenvolvido sob medida para um gabinete Palmer que foi doado pra mim e pro césar. Era um ótimo gabinete e por isto resolvemos "dar vida a ele". Cabe um falante de 12" e escolhemos colocar um amp de 100W RMS, baseado nos transistores darlington TIP142 e TIP147, como o mostrado em outro post deste blog.

Material: sobre a chapa os materias possíveis são o acrílico (o melhor), o eucatex (nao recomendo) e o vinil. Sendo este último o que utilizei no meu painel, penguei de uma carcaça lateral de TV velha. O hobista deve consultar seu bolso antes de fazer o painel, pois são N possibilidades de incrementar o danado, tipo, utilizando pré-amplificador, uv-led, vu meter, entradas diversas, mp3 player, efeitos, etc. No meu caso, decidi colocar um pré-amplificador mono com controles de volume, grave, médio e agudo; coloquei também uma chave liga/desliga tipo gigante, um led de alto brilho, entradas RCA, duas entradas para microfone com controle de volume exclusivo para cada, uma chave seletora de tensão e um porta-fusível.

Desenho: é preciso que se desenvolva um layout antes de por a mão na massa, pois é preciso planejar antes de executar, para que não dê nada errado. Eu poderia, por exemplo, usar a chave liga/desliga mais próximo do fusível e da chave seletora de tensão, mas nem pensei nisso e vacilei. Para desenhar um layout o hobista pode usar papel, régua e lápis ou pode usar um programa de computador. No meu caso, usei o Corel Draw para fazer um layout satisfatório. Lógico que as medidas devem ser conhecidas à priori.

Perfuração: observe na foto que minha intenção foi de fazer os furos centralizados em altura. As perfurações são redondas, ovais ou quadradas, com medidas exatas para cada instrumento que irá ocupá-la. As ferramentas que usei  foram, serra tico-tico, parafusadeira, lima e lixa. Utilize uma madeira velha embaixo do painel para absorver o impacto da broca ao atravessar o vinil.
 

É preciso ir testando os intrumentos de controle a cada modificação nas perfurações. Esse processo é moroso e cansativo, além de delicado. Qualquer vacilo você pode perder o trabalho inteiro, por isto se esmere e seja paciente. A pressa é inimiga da perfeição. Não deixe as perfurações apertadas demais ou fogadas demais, mas caso aconteça, reforce com cola quente para que o instrumento não solte do painel.

Ligação: certifique-se de que tudo está ok e faça as ligações dos instrumentos para que eles se relacionem e exerçam sua função no sistema. Abaixo um vídeo mostrando alguns detalhes deste painel.

Neste outro vídeo podemos ver detalhes da ligação dos instrumentos. Não irei aprofundar neste ponto, pois, levaria tempo e exigiria mais figuras e explicações, porém me disponho a explicar ou enviar esquema via e-mail a quem se interessar.

 Estes furinhos nas bordas são para afixar parafusos. Não é bom furar direto com parafusadeira pra não estragar o vinil..

Fixação: todo painel é chato pra que fique ok no lugar para o qual foi projetado. É aí que entra a lixa e a paciência. Facilite seu trabalho de um apossível manutenção, colocando cada instrumento pensando que, em algum momento ele precisará ser retirado e crie uma forma de facilitar esta tarefa. Na maioria dos casos, isso nem demora a acontecer. Depois de pronto desmontei este painel umas quatro vezes para ajustes.

Dica 01: Nunca feche totalmente o equipamento sem antes realizar os devidos testes. O excesso de confiança custa um precioso tempo ao hobista.

Curiosidade: este nome "Gold" foi retirado de um vasilhame de xampu da marca Niely Gold. Frascos de xampu são adesivos e possuem várias palavras que podem ser aproveitadas em paineis.

Dica 02: Por mais simples que seja o reparo ou ligação, nunca o faça com o aparelho ligado. Alguma peça do aparelho pode ser danificada. uma precaução simples como esta evita muitos prejuízos. acredite!

Abaixo um vídeo de uns testes que fizemos antes de fechar a danada.

Acabamento: quem é bom observadou notou no vídeo que o painel está na cor zinza . Ele foi pintado com tinta automotiva PU. Mais uma vez contei com a ajuda do meu amigo Gilson, o nenêm.

Letreiro: estas letrinas são o "pulo do gato", pois é difícil de se conseguir imprimir em vinil e desenhado com caneta fica horrível. Daí recorri à Internet e conheci um produto chamado Letra Fácil, da  Letraset, que nada mais são do que caracteres transferíveis: uma cartela cheia de letrinas e você coloca a letra desejada na superfície do painel e esfrega (igual aquelas figurinhas que vinham nos chicletes) com um lápis. Daí a letra é tranferida para o painel. Uma a uma, conforme sua necessidade, formando as palavras desejadas. Uma cartela de Letra Fácil custa em média R$ 12,00, com frete e eu consegui no mercado livre. O tamanho é o L-03 ou L-04.

Existe outro método que utiliza fita durex, papel de etiqueta e impressâo a laser. Quem se interessar pode me contactar para saber como fazer.

Aqui termino mais um post. 

A caixa ficou muito boa, e com este painel acredito que posso vender a caixa por um bom valor. Grande abraço a todos e até a próxima!

Pré-Amplificador para Guitarra ou Microfone com Eco e Delay

Senhoras e senhores, apresento-lhes um pré-amplificador com processador de eco e delay que retirei do site rockola.com, que tem sido um vício pra mim. Este circuito foi um desafio pra mim, mas minha maior motivação foi a escassez deste tipo de circuito no  mercado e do seu elevado valor comercial. O que quero dizer é que o hobista pode fabricar pra ganhar dinheiro, pois dá um lucro legal.

Características gerais
Ele é basado no circuito integrado PT-2399, e auxiliado por dois CIs TL-072 e um TL-071, sendo o PT-2399 meio difícil de encontrar nas lojas ou com frete que não compensa para apenas uma peça. Eu comprei pelo ebay e custou bem baratinho (duas peças por R$5,00 entregue em casa), mas o hobista pode comprar pelo mercadolivre e pagar R$ 18,00 em 5 peças e ainda arcar com o frete. Os demais componentes são de fácil acesso e baixo custo, que podem inclusive ser encontrados em sucata.
A alimentação é simetrica de +12v - 0v -12v, a partir de 300mA.

Na foto acima podemos ver, da direita para a esquerda, duas entradas para microfone e/ou guitarra, dois controles de volume, um para cada entrada, um controle de agudos, um controle de graves, um controle de tempo, um de delay e um de eco. Clicando aqui, você baixa o PDF com tudo esquematizado.
Por estar bem explicado no site videorockola, irei abordar apenas aspectos relevantes do circuito. Na foto abaixo o desenho feito pelo método de transferência térmica, processo este que já foi abordado no blog.

Fiz algumas alterações para melhorar, quero dizer, para modificar o processamento do eco conforme meu agrado. A primeira alteração foi a modificação do potenciometro de tempo para um de 100k. A segunda foi a retirada de um resistor de 5,6k (ou seria o outro de 15k?), que fica entre os controles de eco e delay. Isto possibilitou aprofundar mais o eco. o hobista pode fazer algumas mudanças até alcançar o som desejado.

Abaixo um vídeo demonstrativo da placa quase terminada. Qualidade do vídeo ruim porque já estava tarde quando terminei.

Abaixo, um video de testes que fiz já tarde da noite, mas ainda sem as alterações já citadas. Isto significa que está melhor do que o que é mostrado no vídeo (bem melhor eu diria!). Acredito que com um microfone de verdade e num amplificador adequado, consigo um efeito muito louco! Ah! A microfonia é consequencia da proximidade dos equipamentos e notória falta de recursos apropriados, pois isto relevem.

Abaixo um vídeo do próprio site, onde um teste é feito com voz e guitarra. (sou mais o meu ehehehehe!)

Curiosidade 01: a placa tem quase 30cm de comprimento e como eu não tinha fenolite deste tamanho, precisei fazer em duas partes e emendar (novidade).
Curiosidade 02: foi o primeiro projeto em que 99% das peças são novinhas. Apenas um capacitor de 2,2uF foi retirado de sucata porque não achei na loja.
Curiosidade 03: Acontece um efeito engraçado na voz quando estamos falando e rodamos subitamente o botão de delay. Fiquei quase uma hora brincando de distorção de voz.

Bem senhores, até agora não decidi se faço um baginete exclusivo pra este efeito ou se coloco em algum projeto de caixa de som, ou seja, está sem uso por enquanto. Mas estou feliz por realizar mais esta proeza.

Com isto finalizo mais um post. Até a próxima pessoal!

Projeto Mini Caixa Ativa 40W RMS com TDA2030

Este foi um modesto projeto que marcou minha trajetória como hobista, pois nele consegui ao mesmo tempo desempenho, compactação, praticidade, portabilidade, qualidade e baixo custo. Só me restou um pouco de acabamento, pois, ainda nesta época eu estava aprendendo a lidar com massa plástica e pra completar, estava com problemas de saúde. Mas um bom hobista não desiste do seu projeto e consegui concluí-lo com êxito, eu diria. Na foto abaixo, a caixinha pronta.

Características Gerais:
Suas dimensões são aproximandamente L25xA35xP35 cm. Seu amplificador é de alta fidelidade e conta com dois circuitos TDA2030 em bridge, que outorgam aproximadamente 40W RMS e impressionam no som. Este amp comprei pronto no ebay e me custou algo em torno de R$ 19,00 (uma bagatela) com frete grátís. Ele já vem todo preparado, com capacitores e ponde de diodos e até os bornes de ligação, além das entradas RCA e potenciômetro (e ainda as micas isolantes dos CIs), o único obstáculo é montá-lo, mas o hobista insistente não terá dificuldades nesta tarefa. Pra terminar, digo que ela vem com configuração de mono ou estéreo com uma simples alteração no circuito explicada em seu esquema. A alimentação é simétrica de 12-0-12. Usei dissipador de PC. Abaixo a foto da monstrinha! "Uma dádiva dos ninjas", extremamente pequena.

O alto-falante é de 8Pol., 4Ohms, gradiente, com boa excursão e potência apropriada. Ele me foi doado por alguém desinteressado nas caixas, que inclusive vieram com divisores passivos de ótima qualidade, que estão aguardando um projéto que os absorvam, heheheh! O falante surpreendeu, e me economizou algo em torno de R$ 60,00, que é o preço de um falante nas mesmas características. Abaixo uma foto de um igual ao que usei, só que bem mais novo.

É praxe um processador de MP3 para deixar as coisas mais automatizadas. Este MP3 player adquiri no ebay antes mesmo de conceber o projeto e caiu como uma luva. Possui FM e pega bem! Seus pontos positivos são o tamanho, o alcance do controle, a tensão de trabalho de 5V a 12V, a entrada auxiliar e o acabamento. O pontos negativos são: ruído quando avançamos as faixas de músicas, custo elevado (algo em torno de R$ 32,00). Abaixo um vídeo de quando o danado chegou e eu fiz logo um teste. Relevem a minha fala hehehehe! Ah! os novos modelos já vem com entrada aux e tocam cartões Micro-SD. Um luxo!

O painel foi feito em vinil aproveitado de carcaça de televisor com 4mm de espessura e fácil de se trabalhar.  instalei facilmente o mp3 player, entradas RCA, entrada de plug P10, led e chave ON/OFF. Eu devia ter pintado o painel depois de pronto para corrigir as imperfeições, mas nem me liguei nisso na época.

O gabinete foi feito com madeira MDF aproveitada de armário velho e cortada com serra tico-tico. Veja no detalhe uma haste de madeira para sustentação.

Apesar da saúde não estar lá essas coisas eu me esmerei para dar um bom acabamento neste gabinete. Observe na foto abaixo os pés redondos feitos com serra-copo de 50mm de diâmetro. Devido ao seu tamanho reduzido, o gabinete ficou muito resistente. Uma falta foi eu ainda nao conhecer a batida de pedra. Iria dar um plus nele, mas é assim mesmo. Tudo ao seu tempo.

Como eu não podia sair de casa, tive a grande idéia de pedir à minha esposa pra comprar o spray pra pintar a caixa. E enão ela me apareceu com um na cor rosa! Entendi naquele momento que ela queria a caixa pra ela e resolvi presenteá-la. Ela cuida bem e esta caixa é muito usada aqui em casa.

A arandela (R$ 9,00) é de ferro reforçado e deu um visual imponente na caixa. Foram usados EVA para melhorar acoplamento do falante na madeira. Protetores de quinas (R$1,50 cada) ajudam tanto na proteção quanto no visual, mas haja parafuso. Foram 32 só nestes protetores!

A ligação foi fácil. Usei um transformador de 12-0-12V por 5A que comprei por R$25,00 na Sta Ifigência quando estive em SP. Liguei um fusível, uma saída de tensão extra, um seletor de tensão 110/220V, a chave liga/desliga e um LED multicor; fiz as ligações do mp3 aos plugs e ao potenciômetro, parafusei todo mundo em seus lugares dentro do gabiente e pronto! Abaixo uma foto da "gambiarra".

Abaixo um teste com a máquina espalhada fora do gabinete (o audio não ficou mto bom não). Ignorem minha fala mais uma vez hehehehe!

Curiosidade 01: A alça utilizada foi aproveitada de uma mala velha daquelas sofisticadas. caíram como uma luva e dão muita praticidade na hora de transportar. é uma pena que só tinham duas alças desta na mala sucateada. hoje onde vejo uma mala jogada procuro por alças hehehehe!

Curiosidade 02: nao deixei espaço para tweeter, daí coloquei um tweeter novik dentro da caixa com saída para o duto, filtrei ele com 2,2uF e funcionou muito bem, graças à sua eficiència.

Com isto encerro meu post e desejo a todos um Feliz 2013! 

Espero ter contrimuído para o aprendizado de alguém.

Amplificador Mono de 400W. Do circuito à Placa.

Aqui estou eu mais uma vez para publicar meus aprendizados, e este "acabei agora a pouco de montar. Trata-se de uma placa de amplificador mono que outorga 400W RMS que vi no site rockola.com, que é um excelente site de artigos e projetos eletrônicos. Lá o hobista encontra muito material de primeira qualidade para estudos, com videoaulas explicativas e tudo mais. Este site é nota 10! 

Abaixo a placa já montada.

Voltando à finalidade do post, gostaria de informar que fazer placas de circuito impresso (PCI) sempre foi muito difícil para o hobista. Os processos são os mais variados possíveis, que vão desde o desenho á mão livre com caneta hidrográfica permanente até impressão silk-screen. Desenhar à mão livre tem diversas limitações, pois poucos são ninja o suficiente para não errar o desenho em cima da chapa cobreada. Não obstante, processo de silk envolve um custo fixo e um processo de revelação de telas deveras complicado. Há pouco tempo vi na Internet um processo prático para este fim: a transferência térmica, que consiste na impressão do desenho do circuito em um papel especial, que posteriormente é colado na PCI e, com a ajuda de um ferro de passar, é transferido para a parte cobreada. O tal papel especial é o papel de etiqueta ou adesivo, que encontramos nas papelarias, mas não é a parte que cola e sim a parte que descartamos (pasmem), ou seja, aquele papel que serve para conservar a cola do papel adesivo. Na foto abaixo podemos ver no detalhe o meu circuito já impresso em impressora laser, pois outra nao serve.

O primeiro passo para o sucesso dessa operação é a limpeza da placa virgem com palha de aço (o famoso assolan) e detergente. Dê um grau e remova sujeira e gordura da placa.

Enxague bem para remover o sabão e a sujeira da placa.

Por fim, seque com papel toalha. Depois deste processo você não poderá mais tocar a face cobreada da placa, para evitar que ela suje novamente.

Finalizado o processo de limpeza e secagem, é hora de colar o desenho do circuito à placa. Utilize fita crepe ou durex. Opte por prender o papel na face não cobreada da placa. Deixe-o bem esticado e só passe a fita onde não houver desenho. Veja abaixo como prendi a minha.

 

 Ajuste a temperatura do ferro na metade da potência, como mostrado na foto (tentei usar a poténcia máxima em outra ocasião e causei uma pequena explosão na placa, que originou uma bolha no meio da PCI), ou um pouco mais que isso. Este ferro meu é exclusivo para estas "atividades". Não use o ferro da mamãe, ok? Procure sempre ter suas próprias ferramentas.

Para dar apoio é convenitente forrar a mesa com uma toalha de banho dobrada ou mesmo um cobertor. Isso evita que imperfeições do ferro ou da mesa prejudiquem o seu trabalho.

Dica importante: para não derreter a fita durex, cubra o desenho com outro tecido que resista ao calor do ferro (eu sugiro o linho ou um jeans fino). O tempo ideal é de uns oito minutos, passanndo firmemente e sem deixar nenhum lugarzinho sem passar. Seja caprichoso!

Certo de que ficou bem passado, aguarde o resfriamento da placa e depois remova cuidadosamente o papel. Com o meu desenho o resultado foi o mostrado na foto abaixo. Eu diria que é quase perfeito.

E pora causa do "quase" é preciso retocar com caneta hidrográfica permanente (aquelas de escrever em CD). Faça uma busca minunciosa à procura de falhas no desenho.

 O resultado alcançado é surpreendente, quase profissional (veja na foto abaixo). Depois do retoque cortei a placa deixando apenas a parte desenhada. Está pronta para a corrosão.

Numa vasilha plástica, coloque o percloreto de ferro, que é o produto adequado pra fazer a corrosão das partes não pintadas da placa. Se nunca trabalhou com esta substância, procure saber mais.

Dicas: o percloreto é um produto químico que deve ser armazenado em garrafas de vidro quando nao estiver sendo utilizado. Evite fazer a corrosão em vasilhas de metal. Não deixe este produto ao alcance de crianças e animais. Para dimuir o tempo da corrosão pode-se aquecer o percloreto.

Depois coloque a placa dentro e aguarde a corrosão até que fique como o esperado. Não esqueça de olhar periodicamente. Nesta placa, eu aguardei uma hora e vinte minutos até ficar pronta!

 Ah, sim! Depois da corrosão é preciso lavar novamente com palha de aço para retirar a tinta... E voilá! Valeu a pena. O resultado me agradou muito!

 Coloque contra a luz para verificar possíveis trilhas em curto.

  Para perfurar, usei perfurador manual específico para os furos pequenos.

 Para os maiores usei uma parafusadeira com broca de metal de 1 mm

Oberve a placa perfurada.

 

 Procure por trilhas curto ou trilhas sem continuidade com o auxílio de um multímetro. Na minha placa estava tudo OK!

  

Para faciliar, colei a máscara de componentes de papel na face não cobreada. Isto ajuda na localizção e identificação dos componentes na placa.

Curiosidade 01: Capacitores de 10000uF cada, por 63V. Uma "dádiva dos ninjas"! Eles deram muito trabalho para serem encaixados na placa, mas os parafusos descomplicam a finalização.

Agradeço ao meu irmão Adauto pela doação dos capacitores e também ao César, da Eletrônica Eletrocésar pela doação da ponte retificadora de 1000V por 50A. 

Eu merecia um pagamento pela propaganda do óleo Singer, né?

 Curiosidade 02: Como a placa era pequena tive que fazer em duas partes para depois emendá-las. E isso é horrível, mas não tinha onde comprar no tamanho adequado aqui em minha cidade. O hobista deve ser criativo para superar os obstáculos.

Um a um os componentes foram ocupando seus lugares na placa. Componentes comprados no site Blucolor. Em outra oportunidade postarei testes em vídeo deste amp. Estou aguardando o trafo ficar pronto. E até lá a ansiedade me mata! Além disso é preciso arrumar uns falantes ousados pra suportar esse bicho de 400W. Estou pensando em 2 falantes de 15Pol. a 8 Ohms e 200W cada em paralelo.

 

 

Dissipador sólido de 1cm de espessura doado por Souza da Eletronica Souza. Muito Obrigado mesmo!

 

Quem leu até aqui é um vitorioso! hehehehe

Estou feliz por este post, e espero ter ajudado somar conhecimento. Até a próxima!